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cronológica.
Boa leitura e comentários minudentes, certo?
Abraços / I. Spínola
Ainda criança, recém-chegado à cidade de Santo Antônio, fiquei embevecido com a existência de luz elétrica. Era a primeira vez que eu via aquela iluminação. A Rua 15 de novembro ornada com postes encimados por globos em forma de lua iluminavam transmitindo uma luz branco-gelo deixando-me absorto com tamanha beleza como a do satélite do planeta terra em sua fase de lua cheia. Globos leitosos em plenilúnio. Este foi o primeiro encanto que a cidade me propiciou. Outros estariam no prelo. Desde já cito dois deles, sendo o primeiro o cinema e vindo a seguir o futebol.
Relativamente à sétima arte, minha primeira ida ocorreu pelo convite que me foi feito pelo fiscal da Prefeitura Municipal daquela cidade e que habitava próximo de minha casa, Sr Adonias Malta, numa rua sem nome que levava ao campo de experimentação do governo federal, local onde se cultivava enxertos de novas espécies de frutas. Desse campo de experimentação assinalo a existência, naquela época, de enormes laranjas, do tamanho aproximado de redondas melancias, casca bem grossa, e utilizada na feitura de doces, apresentava polpa de pequenos gomos de tamanho aproximado das laranjas de umbigo, mas um pouco endurecidos, relativamente com pouco líquido e de sabor pouco adocicado, tinha-se de mastigar em vez de sorver o suco dessas laranjas.
No que se refere à sétima arte meu primeiro filme foi um tradicional cowboy, um faroeste em preto-e-branco, no Cine Glória de fachada bonita, encimada por uma águia de asas abertas em pleno vôo. Mais ou menos cem cadeiras na nave principal e no mezanino mais vinte cadeiras, todas elas com bom recosto, em madeira escura na cor de jacarandá-da-bahia, possivelmente em madeira maçaranduba, madeira-de-lei.
O astro do faroeste era Johnny McBrown, popular mocinho em filmes americanos desse gênero a exemplo de outros muito conhecidos dos adolescentes daquela época como Rock Lane, Tom Mix, Hapalong Cassidy, Roy Rogers “the king of the cowboys’, Randolph Scott dentre outros.
O mocinho ficou livre, são e salvo. Aplausos e muito burburinho de toda a assistência presente ao cinema. Era dia de sábado e sempre aos sábados era habitual a programação exibir filmes do oeste americano. Casa sempre lotada.
Concernente a futebol, ali em Santo Antônio era torcedor do Vasco, tradicional clube de futebol e de outras práticas de lazer a exemplo de jogos de damas, dominó, carteado dentre outros. Essa opção pelo Vasco deu-se certamente porque a sede desse clube era localizada bem próxima de minha moradia, mais ou menos quinhentos metros, e ao passar por ali, pude ver fotografias em quadros emoldurados e protegidos por vidro de eventos desportivos dependurados nas paredes, de atletas bem como estantes de taças conquistadas no estádio daquela “cidade morena do sudoeste baiano”. Havia naquele tempo quase dez times de futebol.
Os melhores eram o Vasco e Humaitá que estavam sempre chegando à final dos campeonatos e tinham condição de convidar outras equipes de cidades vizinhas como Castro Alves, Conceição de Almeida, Sapé Açu, Nazaré, Valença, a freguesa Amargosa e por vezes a forte equipe de Periperi, subúrbio de Salvador, e mais ainda o Bahia de Feira, Fluminense de Feira e ocasionalmente o Bahia de Salvador e o rubronegro baiano Vitória. Hoje só me ligo ao Esporte Clube Vitória, cuja história retornarei em crônica oportuna.
Uma prática interessante que constatei na cidade de Santo Antônio era a de venda de cartas de pedidos de casamento impressas em gráfica local, em papel cartolina branca, de boa apresentação, similar aos modelos de convites de casamento, solicitando o ‘sim’ dos pais da candidata assim como o modelo de resposta com a anuência dos pais da moça cedendo a mão da filha àquele pretendente.
O modelo de carta era vendido na Loja Bahia, naquela ocasião ficava localizada na Praça Padre Mateus, a matutos do município visando pedir namoradas e noivas em casamento, habitualmente pessoas analfabetas ou semi-analfabetas. Era uma freguesia certa.
As cartas eram impressas em cartolina branca com letras rebuscadas e envelope especial com figuras em baixo relevo de corações entrelaçados.
Aqui o modelo que o noivo ou namorado comprava:
Prezado Senhor
Desejando constituir Família pelos meios legais que nos impõem a lei e a sociedade, venho mui gentilmente solicitar a mão de vossa distinta filha (nome da candidata) Rosinha, criatura a quem dedico a mais pura amizade.
É-me oportuno mencionar de que informações a meu respeito poderão ser solicitadas de famílias conhecedoras de minha idoneidade como a (elenco de nomes) de Sr Santos, Sr Manoel Antônio, Sr Adonias, Sr Belarmino e Sr Albertino, todos eles moradores deste município e figuras muito bem conhecidas neste município de Santo Antônio de Jesus.
Na expectativa de vosso consentimento fico aqui pressuroso no aguardo do tão esperado "sim" de parte de Vossa Senhoria.
Mui respeitosamente
Sicrano Não Sei Lá
Modelo de carta-resposta do pai da Rosinha ao pretendente:
Prezado Sr Sicrano Não Sei Lá
Acusamos recebida sua carta com o esperado pedido de casamento com nossa querida filha Rosinha e a que ora nos reportamos para manifestar plena concordância e por este meio ensejar-nos confirmar nosso "sim".
O afeto que nossa filha lhe dedica nos encoraja a lhe pedir desde já marcar a data do casamento para a alegria de nossas famílias com esse enlace matrimonial.
Atenciosamente
Beltrano de Tal
Retirava incessante e ininterruptamente livros que se transformou em meu encosto, anteparo, cajado, rumo, pilar, apoio, anjo-da-guarda, alimento, oxigênio, sustentáculo, bordão, amparo, proteção, ânimo, acosto, sustento que mitigava fome do saber. Deixei de ser o homem de um livro só.
Vislumbrei que o complexo não era tão forte assim, pois ele se rasgou com a brisa da verdade. Não perdi tempo justificando atitudes que baseavam em conceitos infundados porque a esses é melhor perdê-los o mais rapidamente possível. Continuei em frente.
Esse breve relato fez-me recordar conselho obtido de Dona Rosália, senhora de firmes convicções que me acolheu em sua residência no Bairro do Rio Vermelho como convidado (não havia outros) a pensionista, a diminuir minha carga horária de leitura, devendo, dizia ela, que eu fosse à praia e me divertir um pouco mais. Então passei graduar meu tempo de dedicação aos livros.
Eventualmente ia ao banho de mar na praia do Rio Vermelho que se situava entre a Vila Matos e o Largo da Mariquita quase defronte da Rua Bartolomeu Gusmão. Ia às sete e às nove retornava para dar continuidade a minhas leituras.
Morava eu na rua por onde passa o bonde que vinha da Praça Castro Alves até ao Largo da Mariquita, este no Bairro do Rio Vermelho, retornando pelo mesmo trilho até a Ladeira de São Bento limítrofe da Praça Castro Alves.
Essa casa residencial ficava na atual Avenida Garibaldi nas imediações do Edifício Bela Morena e próxima da Vila Matos, quase defronte do Hospital Jorge Valente. Naquela época esse trecho era fechado por arbustos, árvores, um grande matagal e um belo bambuzal, e o caminho aberto era o trilho do bonde. Quase não se via pessoas nesse trecho porque havia poucas habitações. Tempos idos e vividos.
Por vezes eu pegava o bonde tão-somente para passear, refrescar a cuca indo e retornando a contemplar a paisagem enriquecida de edificações novas e seculares, ora subindo e descendo ladeiras, descobrindo casarões, bem como a modernidade que se avizinhava da capital baiana.
Lembro-me de que certa vez, indo para o trabalho na Agência Chile do Banco da Bahia, a pé, até o ponto de ônibus que ficava no Alto da Sereia, num caminho estreito de barro e escorregadio, irregular, não asfaltado, havia chovido, peguei um ‘tatu’ que é um tipo de queda com a qual a vítima bate a bunda no chão. Perdi naquele dia uma linda calça de gabardine verde, seminova, marca Saragossy, causando-me um belo prejuízo. Não pôde ser mais usada. Tempos depois comprei outra calça da mesma marca e dessa vez na cor bege. Usei-a por muito tempo a linda e saudosa calça. Está bem... Pode rir, não tem problema.
Nenhum de nós está livre das dificuldades da vida humana. Eu não estou você não está. Menciono na esfera financeira, ou nos aspectos emocionais e de relações humanas e ainda outros no que concerne a conceitos mal elaborados que colocam a pessoa humana em constantes conflitos consigo mesma e com outras pessoas.
Acredito firmemente de que as pessoas que ‘passaram pelo pior’ há uma liberdade quase transcendente porquanto elas enfrentaram o “pior” e sobreviveram. Podem enfrentar tudo. Por quê? Porque a vida não precisa ser somente edênica para que ela seja amada. A vida não contempla viver tão somente de cerveja, batida-de-limão, daiquiri, degustar siris e caranguejos. Não. Para mim, não é importante sofrer em larga escala se se aprende as formas simples e diárias de fazer doação a outros e de desprezar o presente a fim de ir ao encontro do desconhecido e aprender a lição.
Se, de outro modo, eu bloqueio pequenas cessações em minha vida, saio certamente sem dizer ‘ciao’. Com sabedoria, sabe-se que às vezes precisa dizer adeus a alguém, a algum lugar ou a um trabalho porque está na hora de crescer, talvez de modo doloroso, de seguir adiante, e, num breve porvir, tornamo-nos a figura que tem poder, veja bem, que pudesse nos salvar.
Paradoxal? Não, é que com isso inicia-se o processo de meu resgate. Entra o processo de ampliação de opções porque de certo modo tanto a nossa pequenez é transformada em preciosidade como a de confiar em si, no outro, e em tudo que permeia ao redor. E crescer como gente, como pessoa humana, é um fortificante que contém em seu bojo um complexo vitamínico revitalizante.
Ao aprender que sou confiável percebi que igualmente poderia confiar nos outros, considerando-se, no entanto, de que não existe um mundo perfeito onde todos estarão sempre seguros e felizes. O que assinalo aqui é que eu devo evitar a sedução das ilusões, e, de outro modo, viver nesse outro mundo bom e real. O mundo real. Ah, a vida é uma aventura. O cowboy parte sozinho para conhecer o mundo e cavalga em direção ao pôr-do-sol. Igualmente, o hippie cai na estrada.
A condição é a de um forasteiro que toma a decisão de abandonar o universo em prol do desconhecido. A vantagem em empreender o rumo que se anda está em permitir que o amante inicie seu próprio caminho estreito e acidentado. E assim andei por caminhos tresmalhados. Pode até sentir o isolamento por algum tempo, mas cedo ou tarde desenvolverá relacionamentos, uns fortuitos, outros nem tanto, mas certamente melhores, inobstante o vício de nossa cultura do desempenho tradicional, com sexo convertido em mercadoria rara e artificial pela crença e pela força da mídia.
Aprendi a trabalhar arduamente. Evidentemente para ter coisas que me tornariam amado e mais admirado. Não é assim? Age-se desse modo como se o senso de identidade proviesse ‘daquele filho’, daquele namorado, daquele marido e tem necessidade de que essa pessoa seja de determinada maneira. A conseqüência é, quando se nega a necessidade que se tem de outras pessoas e ainda causar bloqueio no relacionamento com elas, pelo menos parcialmente, o resultado é o isolamento.
E, isolado, vive-se menos e se envelhece rapidamente. Há pessoas que conseguem fugir da convivência durante toda a vida sem jamais mudar e há também outras que se servem dessas ocasiões para ser um ‘heroi secreto’, com alimento de novas idéias e, ademais, com novas alternativas, enquanto no contracéu, na superfície, continua com a vidinha de sempre.
Para que eu mantivesse a lucidez, tive de vivenciar um bom período de solidão, e, naturalmente, a vida não segue os nossos scripts. Tem de se perambular um pouco mais para crescer com airosidade. Chega-se a esse mundo com uma identidade apenas potencial e não desenvolvida. E as pessoas mais felizes são sempre aquelas que se arriscam o suficiente para serem plenamente elas mesmas tanto na esfera financeira, amorosa e transcendental.
Em minha infância, no período da Fazenda Outeiro, de viva memória estão as lembranças de um pai que oprime seus filhos com castigos imerecidos, ora ralhando como pessoa vociferante, com gestos obscenos de promessa de infligir punição prolongada, de ficar ajoelhado e cabisbaixo em respeito à portentosa autoridade imprópria de pai e, além disso, com bofetes na nuca e puxões de orelha em manifesta atitude de reprimenda. E o filho não podia chorar. Tinha de se contentar em simplesmente ranger os dentes de raiva e resmungar baixinho para não sofrer com mais safanões.
A lição não se aprende de uma só vez. Ao obedecer às próprias convicções, arrisca-se a perder casa, trabalho, amizade ou a popularidade entre amigos. É um processo de toda uma vida que por vezes exige mais do que um simples risco. Uma verdade vem à tona... é que nunca estamos sós quando temos a nós mesmos. E sai da dependência para a independência e não teme ser engolido. Refletindo...
Espera, identifica, permanece e luta. É assim. Empenha-se por si mesmo mudar o mundo que o circunda. Elimina problemas e cria uma vida terrestre melhor com a disposição e a capacidade de trabalhar com afinco, honestamente, para se defender das lanças e dardos inflamados. Luta por aquilo que alimenta a mente humana falar mais alto e, desse modo, reconhece a verdade. E a verdade liberta a mim, a você, caro leitor, e a todos que se estribam na verdade.
Tive de provar a capacidade de me defender e lutar por aquilo que quero, costumo ser respeitado e respeitar a mim mesmo. Posso negociar uma forma de ser verdadeiro comigo mesmo e com as amantes, amigos, colegas e com instituições. Estou pronto para suspender a luta e saborear a vida respeitando e amando a mim mesmo e às outras pessoas. E poder voar.
Sim... Qual é o preço que cada um de nós paga por ter vivido? Acredito firmemente de que eu, você, todos nós podemos ter o suficiente se não armazenarmos. Meu trabalho, o seu trabalho consiste em prezar totalmente e guardar aquilo que se deseja e que já possuímos, e ao mesmo tempo ceder tudo que não mais necessitamos.
A dança da vida está assentada em mergulhar no êxtase e a conseqüência é que usufruímos prazeres assim na esfera transcendente como na sexual, temporal e sempiterna alhures. Todos nossos amores e até mesmo as nossas luxúrias são inegavelmente parte do processo e somos amados apaixonadamente por causa de nossa mentalidade. Depende do que eu tenho na cuca. Você concorda?
Não se pode viver sem ordenar e ajustar a vida. Há quem ainda se encontra no estágio daquele que se serve de artifícios para demonstrar sua superioridade e de tentar controlar outras pessoas.
Oh, desventurado leitor! Se você não se cuidar em ser seu próprio mago, porá todo o seu trabalho a perder oferecendo dádivas erradas baseando-se em outras pessoas e numa idéia a respeito de quem deveria ser, e de outro modo, no que eu devo ser no que você deve ser.
Ser honesto é tornar-se vulnerável na hierarquia social especialmente porque em geral as pessoas tentam parecer mais do que realmente elas são.
Ninguém pode beneficiar-se verdadeiramente e durante um extenso lapso de tempo à custa de outrem. Todos nós somos apenas uma pessoa distinta. Realizar a jornada pessoal é encontrar a própria voz, o talento, oferecer contribuição ao mundo que nos rodeia para se sentir cada vez mais ativo e vivo.
Ser um homem extraordinário é uma questão de integridade e de tornar cada vez mais ele mesmo em cada estágio de seu desenvolvimento. Esses estágios constituem estratégias singulares de modo que somos ao mesmo tempo uma pessoa de maneira única e, no caminho que se anda, muito semelhante uns aos outros.
Na encenação se aprende a desenvolver primeiramente aquilo de que mais gostamos, deixando para mais tarde a exploração dos atributos que menos apreciamos.
O que vale mesmo é assumir a responsabilidade da escolha e se sentir grato pela dádiva evolucionária da vida. Tudo valeu a pena? Sim, afirmativamente tudo valeu a pena porque sobrevivi a tudo que lutava, ora radical e conservador, reformador e liberal, social e revolucionário, conseqüente e imprudente tudo e de tudo.
As virtudes que ostentamos envolvem certo grau de dor ou luta e jamais são perdidas, mudam simplesmente de sutileza porque se aprende a confiar, a chorar, a dar nome a verdade pessoal, a modificar o mundo e também aprende a comprometer-se, indo ao encontro da última lição a ser aprendida, a felicidade que em suma exige a consciência de que somos seres multidimensionais. É mesmo? Que acha você, caro leitor, com a sua agudeza de espírito?
Crônica 043
Memórias Incontáveis de Incontáveis Memórias
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Crônica 036
Memórias Incontáveis de Incontáveis Memórias
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Ainda criança, recém-chegado à cidade de Santo Antônio, fiquei embevecido com a existência de luz elétrica. Era a primeira vez que eu via aquela iluminação. A Rua 15 de novembro ornada com postes encimados por globos em forma de lua iluminavam transmitindo uma luz branco-gelo deixando-me absorto com tamanha beleza como a do satélite do planeta terra em sua fase de lua cheia. Globos leitosos em plenilúnio. Este foi o primeiro encanto que a cidade me propiciou. Outros estariam no prelo. Desde já cito dois deles, sendo o primeiro o cinema e vindo a seguir o futebol.
Relativamente à sétima arte, minha primeira ida ocorreu pelo convite que me foi feito pelo fiscal da Prefeitura Municipal daquela cidade e que habitava próximo de minha casa, Sr Adonias Malta, numa rua sem nome que levava ao campo de experimentação do governo federal, local onde se cultivava enxertos de novas espécies de frutas. Desse campo de experimentação assinalo a existência, naquela época, de enormes laranjas, do tamanho aproximado de redondas melancias, casca bem grossa, e utilizada na feitura de doces, apresentava polpa de pequenos gomos de tamanho aproximado das laranjas de umbigo, mas um pouco endurecidos, relativamente com pouco líquido e de sabor pouco adocicado, tinha-se de mastigar em vez de sorver o suco dessas laranjas.
No que se refere à sétima arte meu primeiro filme foi um tradicional cowboy, um faroeste em preto-e-branco, no Cine Glória de fachada bonita, encimada por uma águia de asas abertas em pleno vôo. Mais ou menos cem cadeiras na nave principal e no mezanino mais vinte cadeiras, todas elas com bom recosto, em madeira escura na cor de jacarandá-da-bahia, possivelmente em madeira maçaranduba, madeira-de-lei.
O astro do faroeste era Johnny McBrown, popular mocinho em filmes americanos desse gênero a exemplo de outros muito conhecidos dos adolescentes daquela época como Rock Lane, Tom Mix, Hapalong Cassidy, Roy Rogers “the king of the cowboys’, Randolph Scott dentre outros.
Johnny Mac Brown, à direita
A cena que ficou viva em minha memória na primeira visita ao Cine Glória foi a de uma perseguição de bandidos a uma carruagem, puxada a velozes cavalos, que servia para o transporte de pessoas, malas e outros pertences. Naquela perseguição dos bandoleiros o mocinho conseguiu, em alta velocidade, passar quase voando, um canyon de uma profunda garganta cavada entre duas montanhas próximas, mas assustadoramente de difícil ultrapassagem. Claro que os bandidos desistiram da travessia e...O mocinho ficou livre, são e salvo. Aplausos e muito burburinho de toda a assistência presente ao cinema. Era dia de sábado e sempre aos sábados era habitual a programação exibir filmes do oeste americano. Casa sempre lotada.
Concernente a futebol, ali em Santo Antônio era torcedor do Vasco, tradicional clube de futebol e de outras práticas de lazer a exemplo de jogos de damas, dominó, carteado dentre outros. Essa opção pelo Vasco deu-se certamente porque a sede desse clube era localizada bem próxima de minha moradia, mais ou menos quinhentos metros, e ao passar por ali, pude ver fotografias em quadros emoldurados e protegidos por vidro de eventos desportivos dependurados nas paredes, de atletas bem como estantes de taças conquistadas no estádio daquela “cidade morena do sudoeste baiano”. Havia naquele tempo quase dez times de futebol.
Os melhores eram o Vasco e Humaitá que estavam sempre chegando à final dos campeonatos e tinham condição de convidar outras equipes de cidades vizinhas como Castro Alves, Conceição de Almeida, Sapé Açu, Nazaré, Valença, a freguesa Amargosa e por vezes a forte equipe de Periperi, subúrbio de Salvador, e mais ainda o Bahia de Feira, Fluminense de Feira e ocasionalmente o Bahia de Salvador e o rubronegro baiano Vitória. Hoje só me ligo ao Esporte Clube Vitória, cuja história retornarei em crônica oportuna.
Crônica 037
Memórias Incontáveis de Incontáveis Memórias
Memórias Incontáveis de Incontáveis Memórias
O modelo de carta era vendido na Loja Bahia, naquela ocasião ficava localizada na Praça Padre Mateus, a matutos do município visando pedir namoradas e noivas em casamento, habitualmente pessoas analfabetas ou semi-analfabetas. Era uma freguesia certa.
As cartas eram impressas em cartolina branca com letras rebuscadas e envelope especial com figuras em baixo relevo de corações entrelaçados.
Aqui o modelo que o noivo ou namorado comprava:
Prezado Senhor
Desejando constituir Família pelos meios legais que nos impõem a lei e a sociedade, venho mui gentilmente solicitar a mão de vossa distinta filha (nome da candidata) Rosinha, criatura a quem dedico a mais pura amizade.
É-me oportuno mencionar de que informações a meu respeito poderão ser solicitadas de famílias conhecedoras de minha idoneidade como a (elenco de nomes) de Sr Santos, Sr Manoel Antônio, Sr Adonias, Sr Belarmino e Sr Albertino, todos eles moradores deste município e figuras muito bem conhecidas neste município de Santo Antônio de Jesus.
Na expectativa de vosso consentimento fico aqui pressuroso no aguardo do tão esperado "sim" de parte de Vossa Senhoria.
Mui respeitosamente
Sicrano Não Sei Lá
Modelo de carta-resposta do pai da Rosinha ao pretendente:
Prezado Sr Sicrano Não Sei Lá
Acusamos recebida sua carta com o esperado pedido de casamento com nossa querida filha Rosinha e a que ora nos reportamos para manifestar plena concordância e por este meio ensejar-nos confirmar nosso "sim".
O afeto que nossa filha lhe dedica nos encoraja a lhe pedir desde já marcar a data do casamento para a alegria de nossas famílias com esse enlace matrimonial.
Atenciosamente
Beltrano de Tal
Crônica 038
Memórias Incontáveis de Incontáveis Memórias
Memórias Incontáveis de Incontáveis Memórias
Palácio Rio Branco
Em meu processo de superação do complexo de inferioridade tive de ler livros, abraçar diuturnamente livros a ‘mancheias’. Inscrevi-me na biblioteca pública que em 1959 ficava localizada em um antigo prédio, já demolido, na Praça Municipal, em Salvador, defronte do Palácio Rio Branco do Governo do Estado da Bahia àquela época.Retirava incessante e ininterruptamente livros que se transformou em meu encosto, anteparo, cajado, rumo, pilar, apoio, anjo-da-guarda, alimento, oxigênio, sustentáculo, bordão, amparo, proteção, ânimo, acosto, sustento que mitigava fome do saber. Deixei de ser o homem de um livro só.
Vislumbrei que o complexo não era tão forte assim, pois ele se rasgou com a brisa da verdade. Não perdi tempo justificando atitudes que baseavam em conceitos infundados porque a esses é melhor perdê-los o mais rapidamente possível. Continuei em frente.
Esse breve relato fez-me recordar conselho obtido de Dona Rosália, senhora de firmes convicções que me acolheu em sua residência no Bairro do Rio Vermelho como convidado (não havia outros) a pensionista, a diminuir minha carga horária de leitura, devendo, dizia ela, que eu fosse à praia e me divertir um pouco mais. Então passei graduar meu tempo de dedicação aos livros.
Machado de Assis
Só que isso transcorreu gradualmente em razão de meu real crescimento na busca de conhecimento. Devorei avidamente autores antigos e novos a exemplo de Prosper Merimée, Charles Dickens, Orison Marden, Dostoiesvsky, Victor Hugo, Oscar Wilde, Kafka, Shakespeare, Edgar Allan Poe, Jane Austen, toda coleção de Machado de Assis, Castro Alves, Saint Exupéry, Jorge Amado, Drummond de Andrade, Fernando Pessoa dentre outros.Eventualmente ia ao banho de mar na praia do Rio Vermelho que se situava entre a Vila Matos e o Largo da Mariquita quase defronte da Rua Bartolomeu Gusmão. Ia às sete e às nove retornava para dar continuidade a minhas leituras.
Morava eu na rua por onde passa o bonde que vinha da Praça Castro Alves até ao Largo da Mariquita, este no Bairro do Rio Vermelho, retornando pelo mesmo trilho até a Ladeira de São Bento limítrofe da Praça Castro Alves.
Essa casa residencial ficava na atual Avenida Garibaldi nas imediações do Edifício Bela Morena e próxima da Vila Matos, quase defronte do Hospital Jorge Valente. Naquela época esse trecho era fechado por arbustos, árvores, um grande matagal e um belo bambuzal, e o caminho aberto era o trilho do bonde. Quase não se via pessoas nesse trecho porque havia poucas habitações. Tempos idos e vividos.
Por vezes eu pegava o bonde tão-somente para passear, refrescar a cuca indo e retornando a contemplar a paisagem enriquecida de edificações novas e seculares, ora subindo e descendo ladeiras, descobrindo casarões, bem como a modernidade que se avizinhava da capital baiana.
Lembro-me de que certa vez, indo para o trabalho na Agência Chile do Banco da Bahia, a pé, até o ponto de ônibus que ficava no Alto da Sereia, num caminho estreito de barro e escorregadio, irregular, não asfaltado, havia chovido, peguei um ‘tatu’ que é um tipo de queda com a qual a vítima bate a bunda no chão. Perdi naquele dia uma linda calça de gabardine verde, seminova, marca Saragossy, causando-me um belo prejuízo. Não pôde ser mais usada. Tempos depois comprei outra calça da mesma marca e dessa vez na cor bege. Usei-a por muito tempo a linda e saudosa calça. Está bem... Pode rir, não tem problema.
Nenhum de nós está livre das dificuldades da vida humana. Eu não estou você não está. Menciono na esfera financeira, ou nos aspectos emocionais e de relações humanas e ainda outros no que concerne a conceitos mal elaborados que colocam a pessoa humana em constantes conflitos consigo mesma e com outras pessoas.
Acredito firmemente de que as pessoas que ‘passaram pelo pior’ há uma liberdade quase transcendente porquanto elas enfrentaram o “pior” e sobreviveram. Podem enfrentar tudo. Por quê? Porque a vida não precisa ser somente edênica para que ela seja amada. A vida não contempla viver tão somente de cerveja, batida-de-limão, daiquiri, degustar siris e caranguejos. Não. Para mim, não é importante sofrer em larga escala se se aprende as formas simples e diárias de fazer doação a outros e de desprezar o presente a fim de ir ao encontro do desconhecido e aprender a lição.
Se, de outro modo, eu bloqueio pequenas cessações em minha vida, saio certamente sem dizer ‘ciao’. Com sabedoria, sabe-se que às vezes precisa dizer adeus a alguém, a algum lugar ou a um trabalho porque está na hora de crescer, talvez de modo doloroso, de seguir adiante, e, num breve porvir, tornamo-nos a figura que tem poder, veja bem, que pudesse nos salvar.
Paradoxal? Não, é que com isso inicia-se o processo de meu resgate. Entra o processo de ampliação de opções porque de certo modo tanto a nossa pequenez é transformada em preciosidade como a de confiar em si, no outro, e em tudo que permeia ao redor. E crescer como gente, como pessoa humana, é um fortificante que contém em seu bojo um complexo vitamínico revitalizante.
Ao aprender que sou confiável percebi que igualmente poderia confiar nos outros, considerando-se, no entanto, de que não existe um mundo perfeito onde todos estarão sempre seguros e felizes. O que assinalo aqui é que eu devo evitar a sedução das ilusões, e, de outro modo, viver nesse outro mundo bom e real. O mundo real. Ah, a vida é uma aventura. O cowboy parte sozinho para conhecer o mundo e cavalga em direção ao pôr-do-sol. Igualmente, o hippie cai na estrada.
A condição é a de um forasteiro que toma a decisão de abandonar o universo em prol do desconhecido. A vantagem em empreender o rumo que se anda está em permitir que o amante inicie seu próprio caminho estreito e acidentado. E assim andei por caminhos tresmalhados. Pode até sentir o isolamento por algum tempo, mas cedo ou tarde desenvolverá relacionamentos, uns fortuitos, outros nem tanto, mas certamente melhores, inobstante o vício de nossa cultura do desempenho tradicional, com sexo convertido em mercadoria rara e artificial pela crença e pela força da mídia.
Aprendi a trabalhar arduamente. Evidentemente para ter coisas que me tornariam amado e mais admirado. Não é assim? Age-se desse modo como se o senso de identidade proviesse ‘daquele filho’, daquele namorado, daquele marido e tem necessidade de que essa pessoa seja de determinada maneira. A conseqüência é, quando se nega a necessidade que se tem de outras pessoas e ainda causar bloqueio no relacionamento com elas, pelo menos parcialmente, o resultado é o isolamento.
E, isolado, vive-se menos e se envelhece rapidamente. Há pessoas que conseguem fugir da convivência durante toda a vida sem jamais mudar e há também outras que se servem dessas ocasiões para ser um ‘heroi secreto’, com alimento de novas idéias e, ademais, com novas alternativas, enquanto no contracéu, na superfície, continua com a vidinha de sempre.
Para que eu mantivesse a lucidez, tive de vivenciar um bom período de solidão, e, naturalmente, a vida não segue os nossos scripts. Tem de se perambular um pouco mais para crescer com airosidade. Chega-se a esse mundo com uma identidade apenas potencial e não desenvolvida. E as pessoas mais felizes são sempre aquelas que se arriscam o suficiente para serem plenamente elas mesmas tanto na esfera financeira, amorosa e transcendental.
Em minha infância, no período da Fazenda Outeiro, de viva memória estão as lembranças de um pai que oprime seus filhos com castigos imerecidos, ora ralhando como pessoa vociferante, com gestos obscenos de promessa de infligir punição prolongada, de ficar ajoelhado e cabisbaixo em respeito à portentosa autoridade imprópria de pai e, além disso, com bofetes na nuca e puxões de orelha em manifesta atitude de reprimenda. E o filho não podia chorar. Tinha de se contentar em simplesmente ranger os dentes de raiva e resmungar baixinho para não sofrer com mais safanões.
Crônica 040
Memórias Incontáveis de Incontáveis Memórias
Memórias Incontáveis de Incontáveis Memórias
A lição não se aprende de uma só vez. Ao obedecer às próprias convicções, arrisca-se a perder casa, trabalho, amizade ou a popularidade entre amigos. É um processo de toda uma vida que por vezes exige mais do que um simples risco. Uma verdade vem à tona... é que nunca estamos sós quando temos a nós mesmos. E sai da dependência para a independência e não teme ser engolido. Refletindo...
As vidas dos grandes homens
Nos fazem lembrar
Que podemos tornar
Nossas vidas sublimes,
E, partindo, deixar atrás de nós pegadas
Nas areias do tempo...
Ajamos, pois, de coração,
Não importa o destino.
Avançando sempre,
Realizando sempre,
Aprendendo sempre a labutar
E a esperar.
Nos fazem lembrar
Que podemos tornar
Nossas vidas sublimes,
E, partindo, deixar atrás de nós pegadas
Nas areias do tempo...
Ajamos, pois, de coração,
Não importa o destino.
Avançando sempre,
Realizando sempre,
Aprendendo sempre a labutar
E a esperar.
Espera, identifica, permanece e luta. É assim. Empenha-se por si mesmo mudar o mundo que o circunda. Elimina problemas e cria uma vida terrestre melhor com a disposição e a capacidade de trabalhar com afinco, honestamente, para se defender das lanças e dardos inflamados. Luta por aquilo que alimenta a mente humana falar mais alto e, desse modo, reconhece a verdade. E a verdade liberta a mim, a você, caro leitor, e a todos que se estribam na verdade.
Tive de provar a capacidade de me defender e lutar por aquilo que quero, costumo ser respeitado e respeitar a mim mesmo. Posso negociar uma forma de ser verdadeiro comigo mesmo e com as amantes, amigos, colegas e com instituições. Estou pronto para suspender a luta e saborear a vida respeitando e amando a mim mesmo e às outras pessoas. E poder voar.
Sim... Qual é o preço que cada um de nós paga por ter vivido? Acredito firmemente de que eu, você, todos nós podemos ter o suficiente se não armazenarmos. Meu trabalho, o seu trabalho consiste em prezar totalmente e guardar aquilo que se deseja e que já possuímos, e ao mesmo tempo ceder tudo que não mais necessitamos.
A dança da vida está assentada em mergulhar no êxtase e a conseqüência é que usufruímos prazeres assim na esfera transcendente como na sexual, temporal e sempiterna alhures. Todos nossos amores e até mesmo as nossas luxúrias são inegavelmente parte do processo e somos amados apaixonadamente por causa de nossa mentalidade. Depende do que eu tenho na cuca. Você concorda?
Não se pode viver sem ordenar e ajustar a vida. Há quem ainda se encontra no estágio daquele que se serve de artifícios para demonstrar sua superioridade e de tentar controlar outras pessoas.
Oh, desventurado leitor! Se você não se cuidar em ser seu próprio mago, porá todo o seu trabalho a perder oferecendo dádivas erradas baseando-se em outras pessoas e numa idéia a respeito de quem deveria ser, e de outro modo, no que eu devo ser no que você deve ser.
Ser honesto é tornar-se vulnerável na hierarquia social especialmente porque em geral as pessoas tentam parecer mais do que realmente elas são.
Crônica 041
Memórias Incontáveis de Incontáveis Memórias
Memórias Incontáveis de Incontáveis Memórias
Ninguém pode beneficiar-se verdadeiramente e durante um extenso lapso de tempo à custa de outrem. Todos nós somos apenas uma pessoa distinta. Realizar a jornada pessoal é encontrar a própria voz, o talento, oferecer contribuição ao mundo que nos rodeia para se sentir cada vez mais ativo e vivo.
Ser um homem extraordinário é uma questão de integridade e de tornar cada vez mais ele mesmo em cada estágio de seu desenvolvimento. Esses estágios constituem estratégias singulares de modo que somos ao mesmo tempo uma pessoa de maneira única e, no caminho que se anda, muito semelhante uns aos outros.
Na encenação se aprende a desenvolver primeiramente aquilo de que mais gostamos, deixando para mais tarde a exploração dos atributos que menos apreciamos.
Crônica 042
Memórias Incontáveis de Incontáveis memórias
Os últimos instantes, visto que não somos imortais, serão marcados pela diminuição do controle sobre nós, sobre as outras pessoas e sobre as funções de nosso corpo porque perderemos o poder e seremos substituídos e morreremos. É, por fim, o final da história que tradicionalmente determina se a trama pessoal é engraçada ou simplesmente trágica.Memórias Incontáveis de Incontáveis memórias
O que vale mesmo é assumir a responsabilidade da escolha e se sentir grato pela dádiva evolucionária da vida. Tudo valeu a pena? Sim, afirmativamente tudo valeu a pena porque sobrevivi a tudo que lutava, ora radical e conservador, reformador e liberal, social e revolucionário, conseqüente e imprudente tudo e de tudo.
As virtudes que ostentamos envolvem certo grau de dor ou luta e jamais são perdidas, mudam simplesmente de sutileza porque se aprende a confiar, a chorar, a dar nome a verdade pessoal, a modificar o mundo e também aprende a comprometer-se, indo ao encontro da última lição a ser aprendida, a felicidade que em suma exige a consciência de que somos seres multidimensionais. É mesmo? Que acha você, caro leitor, com a sua agudeza de espírito?
Crônica 043
Memórias Incontáveis de Incontáveis Memórias
O ‘mito de adão e eva’ diz que a queda resultou do pecado humano e o castigo foi o sofrimento e a perda da imortalidade. Ah, que perda de tempo, lamentei antanho, ter aprendido e acreditado nessa coisa.
A inocência é um estado natural da infância, no entanto, é comum os adultos assumirem que os outros têm o dever de tornar sua vida edênica, na tentativa de permanecer protegido no paraíso. Consequência de crenças infundadas.
O que pode ser simples no final da adolescência, como prosseguir nos estudos ou sair de casa, como foi o meu caso, arranjar um emprego para se sustentar, mais tarde pode assumir a forma de uma troca de emprego, do término de um relacionamento ou da desilusão de determinadas teses políticas, de alguma religião, filosofia de vida, buscando-se novas respostas.
Há, é sabido por mim e por você estimado leitor, os que se sentem extremamente indignos e dependentes e em troca de cuidados dão a vida e servem a seus salvadores.
O problema é que essa confiança pode ser mal empregada visto que os salvadores exigem que a vítima continue dependente, passiva, cativa e especialmente agradecida. Isso ocorre com o siciliano Vito Corleone de ‘O Poderoso Chefão’ , com políticos sagazes estilo ‘malvadeza’, com evangelistas, marido possessivo, esposa rabugenta. E, caro leitor, com quem mais?
O certo é que em todos os casos, o salvador se aproveita dos medos do dependente. O difícil nisso tudo é ajudar as pessoas a se encontrarem sem apanhá-las em uma armadilha.
Alguns de nós bloqueia pequenas mortes, como a perda de amigos, da família, de amantes, de épocas e locais particularmente especiais, de trabalhos ou de oportunidades, de esperanças e sonhos ou de sistemas de crenças. Concluem o segundo grau ou a faculdade e não comemoram nem choram a vida que ficou para trás. O dia do aniversário é igual a todos os outros dias. É como se não houvesse perda. Isso pode causar obstrução e a vir sentir-se embaraçada na vida temporal. Você acredita nisso?
Deve-se encarar o sofrimento tão-somente como parte de um processo de libertação do éden, dos pais, dos amantes, dos filhos, de nossas vidas tal como as conhecemos e, finalmente, de pequenas mortes e propriamente da morte e da própria vida.
O abandono deve se transcorrer pouco a pouco e essa é a razão psicológica da negação porque ela nos protege do confronto com todos os problemas de uma só vez.
A inocência é um estado natural da infância, no entanto, é comum os adultos assumirem que os outros têm o dever de tornar sua vida edênica, na tentativa de permanecer protegido no paraíso. Consequência de crenças infundadas.
O que pode ser simples no final da adolescência, como prosseguir nos estudos ou sair de casa, como foi o meu caso, arranjar um emprego para se sustentar, mais tarde pode assumir a forma de uma troca de emprego, do término de um relacionamento ou da desilusão de determinadas teses políticas, de alguma religião, filosofia de vida, buscando-se novas respostas.
Há, é sabido por mim e por você estimado leitor, os que se sentem extremamente indignos e dependentes e em troca de cuidados dão a vida e servem a seus salvadores.
O problema é que essa confiança pode ser mal empregada visto que os salvadores exigem que a vítima continue dependente, passiva, cativa e especialmente agradecida. Isso ocorre com o siciliano Vito Corleone de ‘O Poderoso Chefão’ , com políticos sagazes estilo ‘malvadeza’, com evangelistas, marido possessivo, esposa rabugenta. E, caro leitor, com quem mais?
O certo é que em todos os casos, o salvador se aproveita dos medos do dependente. O difícil nisso tudo é ajudar as pessoas a se encontrarem sem apanhá-las em uma armadilha.
Alguns de nós bloqueia pequenas mortes, como a perda de amigos, da família, de amantes, de épocas e locais particularmente especiais, de trabalhos ou de oportunidades, de esperanças e sonhos ou de sistemas de crenças. Concluem o segundo grau ou a faculdade e não comemoram nem choram a vida que ficou para trás. O dia do aniversário é igual a todos os outros dias. É como se não houvesse perda. Isso pode causar obstrução e a vir sentir-se embaraçada na vida temporal. Você acredita nisso?
Armadilha para leopardos
Deve-se encarar o sofrimento tão-somente como parte de um processo de libertação do éden, dos pais, dos amantes, dos filhos, de nossas vidas tal como as conhecemos e, finalmente, de pequenas mortes e propriamente da morte e da própria vida.
O abandono deve se transcorrer pouco a pouco e essa é a razão psicológica da negação porque ela nos protege do confronto com todos os problemas de uma só vez.
Oi Spinola! Eu já tinha entrado no seu blog uma vez.
ResponderExcluirSpínola diz:
Certo
Estou aguardando seu minudente comentário aprovando ou rejeitando, ?
Alexandre Carvalho diz:
Eu estou adorando. Sinceramente.
Spínola diz:
Nos próximos dias vou entrar com páginas mais consistentes com temas mais densos.
Alexandre Carvalho diz:
Vc com complexo de inferioridade é algo que não imaginava.
12:26 20/01/2010
Comentário de Luciano Avena
ResponderExcluirCaro Spínola, boa tarde !
Acabei de ler as seis crônicas. Ótimas!
Durante aproximadamente 40 minutos - das 17h20min às 18h00min horas - enquanto as lia, fiz uma longa e prazerosa “viagem” ao passado, ao tempo em que passava férias na fazenda Fragoso, em São Sebastião do Passé. Fazenda que pertencia ao meu avô materno, onde vivi bons, ótimos momentos da minha infância. Andei de carro de boi, cavalgava, ia para o curral tirar leite, caçava e tantas outras coisas mais, que só quem viveu em fazenda sabe como era bom.
Lendo as crônicas, de sua autoria, por várias vezes identifiquei situações semelhantes com as que vivi no tempo em que passava férias na fazenda, por exemplo: lembro que após o jantar, todos ficávamos na varanda da casa sede escutando histórias que eram contadas por moradores, trabalhadores da fazenda (como seu Antônio Velho, o vaqueiro - cujo nome não estou recordando no momento - e alguns outros que chegavam cumprimentavam os presentes e também começavam a contar causos). Recordo-me de algumas que marcaram a minha infância e adolescência, tais como: histórias de “mula sem cabeça” - lembro que seu Antônio Velho contou (várias vezes) que um dia, ao retornar para casa - já tudo escuro - se deparou com uma mula sem cabeça; lembro também de outra história que um deles contava que tinha a ver com assombração, com saci-pererê etc.
Bons tempos, que pude relembrá-los lendo as suas crônicas.
Obrigado pela oportunidade / Luciano Avena
11:53 20/01/2010
C13:59 21/01/2010
ResponderExcluirFrom
Cfristina Ribeiro
Spínola, escrevi, há pouco, um comentário sobre o teu Blog lindíssimo. Mas sumiu... No Blog, não vi onde comentar, porque fiz tudo na correria. Mas é claro que retornarei lá como uma camponesa, com minha cestinha do lado, pronta pra colheita. Foi mt bom te conhecer!
13:59 21/01/2010
Cristina Ribeiro
ResponderExcluirJá encontrei o comentário, Spínola. Desculpa. Tenha uma boa noite.
14:00 21/01/2010
Olá Cristina!
ResponderExcluirAgradeço sua especial atenção em ser uma seguidora do Blog.
Terei sempre novas postagens. Meu projeto é o de oportunamente editar um livro e comentários me fornecem novas energias em dar continuidade.
Abs/ spínola
From
ResponderExcluirAlexandre Santos
Pode deixar, meu amigo! Irei visitar e comentarei! Um grande abraço, Iraci. Fique com Deus!
13:59 21/01/2010
Ok, Alexandre!
ResponderExcluirEstou na expectativa de seu comentário e em ser um seguidor do Blog.
Posso contar?
Aba / spínola
From:Cristina Ribeiro
ResponderExcluirSpínola, achei lindíssimo o seu Blog. Tem "pedaços" de muita coisa da minha infância no interior do Rio, onde nasci. Fiquei impressionada com a narrativa impregnada de sinestesia. Sua narrativa é cinematográfica e histórica. Parabéns, amigo! Quando ficar pronto o livro, não se esqueça de mim, ok? Bjs.
11:03 25/01/2010
Muito Obrigado!
Não esquecerei!
Estou na crônica 40 e espero, no mínimo chegar à 400º.
Sempre que possível volte às crônicas a fim de encontrar outros 'pedaços'...
Bjs / spínola
11:05 25/01/2010
From: Dario leão
ResponderExcluirAmigo Iraci, muito obrigado pela deferência. Estou extasiado com a beleza do seu blog. Vc é um grande contista, um grande cronista, a apresentação é um primor, as fotos muito bem escolhidas. Caso vc permita, irei divulgar na minha página e indicar para as pessoas que ainda têm neurônios. Mais uma vez, muito grato, se minha opinião pesar alguma coisa, reitero que já estou acompanhando o blog e ele está nos meus favoritos. Um grande abraço, saúde, sorte e sucesso sempre.
Olá Dario Leão.
Plenamente agradecido!
Seu incentivo me faz estar mais atento às 'mal traçadas linhas'...
Agradeço sua disposição em divulgar entre seus amigos. Espero que vc se inscreva com o um seguidor do Blog.
Abraços baianos dos de quebrar costelas.
Spínola
From
ResponderExcluirDario sent you a message.
Subject: parabéns
"Amigo Iraci, muito obrigado pela deferência. Estou extasiado com a beleza do seu blog. Vc é um grande contista, um grande cronista, a apresentação é um primor, as fotos muito bem escolhidas. Caso vc permita, irei divulgar na minha página e indicar para as pessoas que ainda têm neurônios. Mais uma vez, muito grato, se minha opinião pesar alguma coisa, reitero que já estou acompanhando o blog e ele está nos meus favoritos. Um grande abraço, saúde, sorte e sucesso sempre."
12:12 26/01/2010
From
ResponderExcluirAline Barbosa Caldeira commented on your wall post:
"Obrigado!!! Gostei to convite; viva a cultura!!!!"
12:11 26/01/2010
From
ResponderExcluirCristina Steindorfer Proença commented on your wall post:
"Oi Iraci... retorno assim que acessar e ler o texto referido, ok?... se tiver prazo me avise!!... um abraço."
12:11 26/01/2010
From
ResponderExcluirAldo Vale de Oliveira commented on your wall post:
"O Link não está funcionando. Abs!"
New Feature: Reply to this email to comment on this post.
12:10 26/01/2010
From
ResponderExcluirCristina posted something on your Wall and wrote:
"Spínola, escrevi, há pouco, um comentário sobre o teu Blog lindíssimo. Mas sumiu... No Blog, não vi onde comentar, porque fiz tudo na correria. Mas é claro que retornarei lá como uma camponesa, com minha cestinha do lado, pronta pra colheita. Foi mt bom te conhecer!"
12:09 26/01/2010
From
ResponderExcluirAlexandre posted something on your Wall and wrote:
"Pode deixar, meu amigo! Irei visitar e comentarei! Um grande abraço, Iraci. Fique com Deus!"
12:09 26/01/2010
From
ResponderExcluirCathya Gaya commented on your wall post:
"Olá Iraci como vai? Será um imenso prazer passar por lá ... Obrigada e sucesso!"
12:08 26/01/2010
From
ResponderExcluirEliani Gonçalves commented on your wall post:
"Obrigada Iraci por tua gentileza, visitarei teu blog assim que o tempo permitir, Carinhoso abraço Eliani"
12:08 26/01/2010
Frtom
ResponderExcluirAmauri Barros commented on your wall post:
"Iraci, certamente. Estarei lá."
12:07 26/01/2010
From
ResponderExcluirDanny Reis commented on your wall post:
"Oi, Spínola! Tudo bom?
Eu quero muito fazer isso sim! Qual é o endereço do blog?
Abraço!"
12:01 26/01/2010
Denise Do Amaral commented on your wall post:
ResponderExcluir"Oi Spínola ... Obrigada pelo convite e visitarei o blog sim e deixarei meu comentário ... Abs"
12:00 26/01/2010
From
ResponderExcluirDri Guelber commented on your link:
"Meu Deus! Que obra de arte Spínola ...
O que mais chamou minha atenção além da sua poesia e ternura nítida em suas palavras, foi sua forma de contar uma história histórica enriquecida de fotografia e uma dissertação magnifica que me prendeu até o fim.
Acabei lendo mais do seu blog do que eu mesma esperava.
Amigo Inclusive, se não se importa, eu o adicionei como sua seguidora em seu Blog.
Parabéns, confesso que me surpreendeu.
Amei!
Deus O abençôe amigo ♥"
12:00 26/01/2010
Oi Dri Guelber!
ResponderExcluirÉ-me realmente gratificante contar com sua presença constante às páginas do blog.
Sou imensamente grato por suas palavras de incentivo.
Bjs / spínola
From
ResponderExcluirDri Guelber commented on your wall post:
"Meu querido amigo Spínola.. quanta QUALIDADE em seu trabalho. Fui ler uma postagem, quase li seu blog inteiro!!
Sua sensibilidade, clareza e ternura é tanta, que me senti em seu poema vivendo extamente o que vc narrava... que coisa mais linda!!
Já me coloquei como sua seguidora em seu Blog, e já ganhou uma fã e uma admiradora..
Voce é UM GÊNIO LITERÁRIO, nasceu para fazer exatamente o que faz, encantar as pessoas com o mundo que vivemos e nao notamos, até que alguém como vc chega e mostra a beleza que passa despercebida pela correria da "ERA TC". Vc se contrasta com BRILHO, no mundo atual e no que deixamos de perceber, mas que ainda está ali...
PARABÉNS MESTRE! \0/"
11:59 26/01/2010
Oi Dri!
ResponderExcluirPlenamente Agradecido!
Bjs / spínola
From
ResponderExcluirCésar Colnago commented on your wall post:
"Meu amigo, por favor, mande o link.
Um abração."
11:58 26/01/2010
Juca posted something on your Wall and wrote:
ResponderExcluir"manda o link do blog que facilita , Iraci. Assim que houver um tempo, vou lá. abraço."
11:57 26/01/2010
From
ResponderExcluirJisele Verbanek commented on your wall post:
"Com certeza Iraci...conta comigo! abç"
11:57 26/01/2010
From
ResponderExcluirArthur Amaro commented on your wall post:
"com certeza irei dar uma sacada, abração"
11:56 26/01/2010
From
ResponderExcluirEduarda Fadini commented on your wall post:
"Será um prazer, Iraci! Bjs!"
11:56 26/01/2010
From
ResponderExcluirEdna Bispo de Andrade commented on your wall post:
"ok, Iraci. Envia o endereço. Bj."
11:55 26/01/2010
Subject: Sobre o Blog
ResponderExcluir"Spínola, achei lindíssimo o seu Blog. Tem "pedaços" de muita coisa da minha infância no interior do Rio, onde nasci. Fiquei impressionada com a narrativa impregnada de sinestesia. Sua narrativa é cinematográfica e histórica. Parabéns, amigo! Quando ficar pronto o livro, não se esqueça de mim, ok? Bjs."
11:54 26/01/2010
Oi Cristina!
ResponderExcluirAgradeço suas palavras singelas e por seu acompanhamento...Bjs / spínola
From
ResponderExcluirDemma K Brazil commented on your wall post:
"legal man, mas qual p link do blog?
"
11:54 26/01/2010
From
ResponderExcluirJonas Santos commented on your wall post:
"Leio sim, é claro! Já coloquei o blog nos meus favoritos :) Depois digo o que achei.
Aquele abraço."
11:53 26/01/2010
Olá Jonas!
ResponderExcluirConto com com seu acompanhamento e comentários.
Abs / spínola
From
ResponderExcluirDecio De Lucca commented on your wall post:
"Olá Iraci. Darei uma olhada com certeza! Obrigado e tenha uma boa tarde. Abs. Decio"
11:53 26/01/2010
From
ResponderExcluirEliana Printes commented on your wall post:
"OK
Obrigada pelo convite, irei lá.
Abs
Eliana Printes"
11:51 26/01/2010
From
ResponderExcluirJoão Barbosa
João Barbosa commented on your wall post:
"põe o link, véio!"
11:51 26/01/2010
From Isis de Oliveira
ResponderExcluirIsis de Oliveira commented on your wall post:
"Iraci, uma hora passo por lá! Bjssssssssssss"
11:49 26/01/2010
From
ResponderExcluirAndrea Vargas commented on your wall post:
"Obrigada pelo convite, vou visitar sim.
Tenha uma excelente semana! Beijos"
11:45 26/01/2010
From
ResponderExcluirAndrea Vargas commented on your wall post:
"Obrigada pelo convite, vou visitar sim.
Tenha uma excelente semana! Beijos"
11:45 26/01/2010
From
ResponderExcluirCristina Ribeiro
Ok, Spínola. Visitarei sempre o blog para acompanhar. Bjs.
14:07 26/01/2010
From Nathaly Guimarães Prado
ResponderExcluirNathaly posted something on your Wall and wrote:
"Ok...pode deixar!! Conte comigo!!"
15:57 27/01/2010
From
ResponderExcluirEliana Printes commented on your link:
"Ok! Obrigada pelo convite."
15:56 27/01/2010
From:
ResponderExcluirGabriela Marques commented on your link:
"Claro! Obrigada pelo convite.
Beijosss"
15:55 27/01/2010
From:
ResponderExcluirClaudete Cruz commented on your link:
"ok!beijos"
15:55 27/01/2010
From:Gabrilela Marques
ResponderExcluirGabriela Marques commented on your link:
"Adorei!! A coletania de fotos é de fazer esquecer da vida apenas para aprecia-las...
Parabéns! "
15:54 27/01/2010
From
ResponderExcluirCida Garcia commented on your link:
"Olá,
Recebi seu convite. Gostaria de saber mais a respeito do Projeto e diponibilizo meu email arthelena@gmail.com Como chegou a mim e através de quem? Obrigada pela simpatica visita."
16:06 27/01/2010
From
ResponderExcluirPatricia Marx commented on your link:
"ok. obrigado!"
11:02 28/01/2010
From Suzana Pequeno
ResponderExcluirSuzana Pequeno commented on your link:
"Obrigada pelo convite! Serei sua "seguidora" com certeza!!!"
11:02 28/01/2010
From
ResponderExcluirNathaly Guimarães Prado
Nathaly posted something on your Wall and wrote:
"Já estou seguindo o Blog!! :) Que é muito legal!!! Adorei!!"
11:01 28/01/2010
From Paloma Ribeiro
ResponderExcluirPaloma Ribeiro commented on your link:
"Será muito bom olhar com cuidado e carinho.Obrigada pelo convite.BJs"
11:01 28/01/2010
From:
ResponderExcluirDri Guelber commented on your wall post:
"Oi Spínola..
minhas palavras são sinceras, e reafirmo:
Voce é um " gênio literário!"
Sou eu quem agradeço a amizade e o prazer de ler palavras que ensinam e me acrescentam como pessoa.
Bjss, parabéns e sucesso!"
11:00 28/01/2010
From
ResponderExcluirIrinea Maria Ribeiro
rinéa posted something on your Wall and wrote:
"parabéns pelo seu blog.
abraço"
10:59 28/01/2010
From
ResponderExcluirKatia Drummond
Katia Drummond commented on your link:
"Estive lá, amigo. Muito ótimo o "Memórias Incontáveis". Deliciei-me... Obrigada! Já sou seguidora. Sucesso, sempre. Bjs"
10:58 28/01/2010
Oi Kátia!
ResponderExcluirPlenamente Agradecido por seu acompanhamento.
Tentei visitar seu site e não consegui. Aparece um emaranhado de letreiros e... nada!
Retornarei oportunamente.
Bjs / spínola
From
ResponderExcluirRegina Soares
Regina 女王 Soares commented on your link:
"ESTAREI LA
BJKS"
10:58 28/01/2010
From
ResponderExcluirMariana Leporac e
Marianna Leporace commented on your link:
"Visitarei, Iraci!
Um beijo"
10:57 28/01/2010
From
ResponderExcluirLuciene Padilha de Aquino
Luciene Padilha de Aquino commented on your link:
"hoje estou sem tempo, acabei de chegar e estou muito cansada, más lerei sim amanhã...
Meu pai gosta muito de ler e já escreveu algumas coisas, vc me apermite mostrar a ele?"
10:57 28/01/2010
Oi Luciene!
ResponderExcluirClaro, vc pode pedir a seu pai que seja um seguidor e fazer comentários.
Abs/ spínola